Hélio Lopes e Eduardo Bolsonaro assumem cargos de direção em Frente Evangélica

Helio Lopes e Eduardo Bolsonaro Assumem Cargos de Direção em Frente Evangélica

De acordo com uma pesquisa Ipec divulgada em dezembro passado, Lula tem 34% das intenções de voto para a presidência entre os evangélicos, empatado tecnicamente com Bolsonaro, que tem 33%
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Com a finalidade de fortalecer a sua ligação com o Palácio do Planalto, a Frente Parlamentar Evangélica (FPE) incluiu na sua liderança os deputados Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Helio Lopes (PSL-RJ). Na quarta-feira, 16, eles ocuparam os cargos de secretário e tesoureiro da bancada, respectivamente.

A FPE, que conta com quase 200 parlamentares na Câmara como signatários, é uma das principais bases eleitorais do presidente Jair Bolsonaro (PL), que concorre à reeleição. A escolha dos dois, sendo um o “filho 03” do presidente e o outro um de seus principais aliados, para a liderança da bancada foi orquestrada pelo deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), que tornou-se o presidente da FPE no dia 9 de fevereiro.

Em conversa com o Estadão/Broadcast, Sóstenes declarou que o objetivo da incorporação de Eduardo e Hélio Lopes – apelidado por Bolsonaro de “Hélio Negão” – à direção da FPE é aproximar-se ainda mais do Palácio do Planalto. O deputado afirmou que a FPE concentrará esforços na eleição para ampliar sua bancada no Congresso.

“Não posso garantir se haverá algum desentendimento antes de conversar com meus pares. Mas tenho a sensação de que 90% dos deputados da frente evangélica desejam apoiar a reeleição do presidente Bolsonaro”, ele afirmou durante uma entrevista ao Estadão neste mês.

Nas últimas semanas, Bolsonaro tem se mostrado mais atencioso ao eleitorado evangélico. Em janeiro, por exemplo, o presidente prometeu vetar o projeto de lei que autoriza cassinos, jogo do bicho e máquinas caça-níqueis no país, caso seja aprovado no Congresso.

No ano passado, Bolsonaro indicou o ex-ministro da Justiça e ex-Advogado-Geral da União André Mendonça para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente havia prometido nomeá-lo para a Corte com perfil “terrivelmente evangélico”. Mendonça é pastor presbiteriano.

Abalo

A relação de Bolsonaro com a comunidade evangélica sofreu um abalo no fim do ano passado. Enquanto estava de férias na costa paulista, o Presidente dançou funk com uma mulher de biquíni, o que desencadeou críticas de seus apoiadores religiosos.

Após suas férias, apenas dois dias depois de ter sido liberado do Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde esteve internado no início de janeiro devido a uma obstrução intestinal, Bolsonaro compareceu a um culto evangélico em Brasília, acompanhado pela primeira-dama Michelle Bolsonaro e pelo ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni.

Eduardo Bolsonaro, atual secretário da bancada evangélica no Congresso, publicou em suas redes sociais uma imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com a alegação de que ele teria defendido o vereador Renato Freitas, que invadiu uma igreja em Curitiba durante um protesto.

Em uma entrevista à Rádio Banda B, de Curitiba, na terça-feira 15, Lula declarou que o vereador “está errado” e precisa se desculpar, mas deve ser perdoado. “Não existe cristão comunista/socialista. De um lado, quem luta pelas famílias e pela fé em Deus. Do outro, comunistas ateu que louvam sua causa e defendem a destruição da fé cristã. Quem você escolhe? Se você quer ter liberdade de culto e fé, já sabe de que lado está”, escreveu o filho do presidente na quarta-feira 16, na legenda da imagem de Lula.

Em 2018, a maioria dos eleitores evangélicos votou em Bolsonaro para presidente, oposto ao candidato do PT, o ex-ministro Fernando Haddad. No entanto, de acordo com uma pesquisa Ipec divulgada em dezembro passado, Lula tem 34% das intenções de voto para a presidência entre os evangélicos, empatado técnico com Bolsonaro, que tem 33%.

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