Em audiência na Comissão de Segura Pública e Combate ao Crime Organizado, realizada na tarde desta quarta-feira, dia 12, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, falou a respeito da descriminalização das drogas e sobre a situação dos presos nos atos de 8 de janeiro. O ministro disse aos parlamentares que é a favor da descriminalização das drogas, como já havia sido noticiado anteriormente. “O uso das drogas é um problema de saúde pública, e não de natureza criminal”, destacou, ressaltando que a afirmação trata-se de uma opinião pessoal.
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“Não há nenhum direcionamento do governo em relação a esse tema, mas eu tenho uma opinião, que é uma opinião minha, pessoal e que está baseada em ampla literatura sobre o tema e experiências internacionais sobre a descriminalização das drogas”, afirmou o ministro.
No entanto, o deputado federal, Helio Lopes, que é contrário à pauta solicitou que o ministro repensasse essa sua afirmação, uma vez que todos concordam que olhar nos olhos de uma mãe que perde um filho para o tráfico não é uma tarefa fácil. “Eu perdi três sobrinhos para o tráfico, o último foi executado agora em fevereiro. Então, eu sei o quanto é difícil essa situação. Por conta disso, eu peço que o senhor, como ministro dos Direitos Humanos, olhe com carinho quando o assunto for drogas”, disse.
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O parlamentar também aproveitou a presença do ministro para convidá-lo a visitar uma casa terapêutica. “Sei que o senhor estudou na universidade Mackenzie, uma universidade confessional, mas tem algumas práticas aqui, de alguns parlamentares, para proibir o ensino religioso em comunidades terapêuticas. Gostaria que o senhor verificasse isso dentro dos Direitos Humanos. E, ainda, gostaria de convidar o senhor a conhecer uma dessas casas, para poder observar os danos e as consequências que as drogas fazem”, afirmou.
Hélio Lopes concluiu sua fala dizendo que é preciso respeito com o dinheiro publico. “Ontem durante a comissão de Direitos Humanos foram citados três tópicos que me chamaram atenção: o fim das comunidades terapêuticas, a descriminalização das drogas e o empoderamento da juventude negra para plantar maconha. Empoderamento da juventude negra para plantar maconha, tema levantado por um parlamentar. Eu acho isso um absurdo, mas nem vou entrar no detalhe, só quero deixar registrado que foi gasto dinheiro público para tratar desse tema”, pontuou.