O desmatamento na Amazônia triplicou no último mês de março. Segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o primeiro trimestre de 2023 é o segundo pior em pelo menos 16 anos. A derrubada de 863 km² equivale a mil campos de futebol.
“Mesmo com esse resultado, com esses dados, não vemos o governo determinado em conter o avanço do desmatamento. Ambientalistas que passaram o governo Bolsonaro todo acusando ele de descuidar da Amazônia, agora ficam calados. Não cobram um posicionamento do desgoverno. Está liberado desmatar agora?”, indagou o deputado federal Helio Lopes.
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Para o parlamentar, o que mais chama atenção nos dados é o fato do estado do Amazonas ser o que mais desmata entre os nove estados que compõem a Amazônia Legal. No estado, a destruição da floresta passou de 12 km² em março de 2022, época do governo Bolsonaro, para 104 km² no mesmo mês deste ano, uma alta de 767%. Ao todo, o estado concentra 30% de toda a devastação na região em março.
“O mais curioso é que o estudo ainda aponta que dos 10 assentamentos do estado, seis são os mais desmatados e das dez terras indígenas, quatro são as que mais desmatam. Precisamos saber motivo disso? Se o governo já tomou alguma ação, se está monitorando. Até agora não vimos nenhum representante desse desgoverno explicar nada a esse respeito. A comunidade ambientalista também segue em profundo silêncio”, afirmou com estranheza o deputado.
Diante dessa grave situação em relação ao desmatamento, o parlamentar entrou com um requerimento de informação ao IBAMA cobrando explicações sobre esse cenário e solicitando informações a respeito das ações que o governo está desenvolvendo para parar com o desmatamento. “Não podemos entregar o nosso maior patrimônio aos estrangeiros, como sempre foi o desejo desse desgoverno. A Amazônia é do Brasil, um dos nossos maiores patrimônios. Quero explicações do governo a respeito desse desmatamento tão acelerado. Não podemos deixar esses dados passarem impunes”, concluiu.
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Conheça alguns tópicos do estudo:
– Foram derrubados 867 km², o equivalente a quase mil campos de futebol por dia.
– A Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu e a APA do Tapajós (PA) perderam áreas de floresta equivalentes a 500 e a 300 campos de futebol apenas em março. Elas foram as duas Unidades de Conservação mais destruídas na Amazônia no mês.
– Em março, oito dos nove estados que compõem a Amazônia Legal apresentaram aumento no desmatamento, com exceção do Amapá.