O Brasil em sua essência é um país miscigenado, no entanto, sob uma influência de teorias raciais importadas do contexto norte-americano dos direitos civis, adotadas por grupos específicos de ideologia esquerdista, escritores e teóricos, começaram a politizar a cor da pele dos brasileiros, através da transposição do conceito de luta de classe para a luta de raça, ou seja, colocando o brasileiro negro contra brasileiro branco.
Não é coincidência que essa importação cultural tenha sido patrocinada por organizações como a Fundação Ford, que, com interesses globalistas, buscam impor uma narrativa que lhes permite manter o controle e o poder em escala mundial. Os escritos de Florestan Fernandes, por exemplo, que foram financiados pela Fundação, são a base do entendimento binário da sociedade brasileira, dividindo-a entre “brancos” e “não-brancos”, que, posteriormente, se transformam em “negros”.
Esta é uma simplificação grosseira que ignora todas as nuances e categorias intermediárias presentes em nossa sociedade – morenos, caboclos, mamelucos, indígenas e uma vasta gama de mestiços que representam a verdadeira face do nosso Brasil miscigenado.
Essa visão, importada dos Estados Unidos e adaptada aqui, não resiste a uma análise crítica. No Brasil, não vivemos sob o mesmo contexto de segregação racial que caracterizou a história americana. A divisão binária entre negro e branco, proposta por estas teorias importadas não só é inadequada, mas também perigosamente redutora. Ao tentar encaixar a realidade brasileira nesse molde, ignora-se a complexidade da nossa formação social e a riqueza da nossa miscigenação.
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O conceito de “negro” utilizado no Brasil, que agrega, indiscriminadamente, pretos e pardos, foi uma manobra para inflar artificialmente um grupo populacional e assim justificar políticas de ação afirmativa, que não condizem com a nossa realidade. Ao adotar esse conceito, corremos o risco de transplantar para o Brasil conflitos raciais que são alheios à nossa história e a nossa identidade nacional.
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Como conservador, insisto que devemos reconhecer e celebrar nossa diversidade, e não ceder a narrativas que buscam nos dividir para conquistar. É tempo de rejeitar essa imposição ideológica e afirmar uma identidade nacional que é, acima de tudo, miscigenada. A verdadeira justiça social não virá pela imposição de categorias raciais estrangeiras, mas pelo reconhecimento da singularidade da nossa formação como povo. Não podemos reduzir a nossa sociedade a brancos e não brancos, precisamos respeitar a história de cada indivíduo aqui presente. As politicas públicas devem ser baseadas nas necessidades do povo, na vulnerabilidade dos indivíduos e não na sua cor. A cor dos indivíduos hoje virou uma barganha por voto, por ações afirmativas raciais, que só agradam a um grupo e esquecem de contemplar a todos.