No Dia Nacional de Combate ao Racismo, Helio Lopes lança livro com intelectuais negros conservadores na Câmara

"Negros em Movimento: Escravidão, Liberdade e Controle" propõe nova leitura sobre a trajetória do povo negro, com críticas à hegemonia da esquerda no debate racial
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O deputado Federal Helio Lopes (PL-RJ)  lançou nesta quinta-feira, dia 3, o livro Negros em Movimento: Escravidão, Liberdade e Controle, em evento promovido pela Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial. A data do lançamento não foi por acaso: 3 de julho marca o Dia Nacional de Combate ao Racismo e a publicação surge como um marco simbólico na construção de uma nova narrativa sobre a experiência negra no Brasil, a partir de uma perspectiva conservadora.

“Não é uma coletânea qualquer, é uma resposta. Uma resposta firme, fundamentada e plural à narrativa progressista que tenta sequestrar a identidade do povo negro brasileiro e colocá-lo a serviço de agendas políticas que pouco dialogam com suas reais necessidades”, afirmou o deputado Hélio Lopes, que também preside o recém-criado PL Integração.

O livro reúne textos de nomes como Fernando Holiday, Fernando Senzala, Rafael Satiê e Ricardo Rodrigues. Além da presença dos autores, o evento contou com a participação da vereadora Sonaira Fernandes, de São Paulo,  do ex-presidente da Biblioteca Nacional, Rafael Nogueira, da vice-presidente do PL Integração Paula Custódio (Preta Conservadora), da deputada federal Silvia Waiãpi, do desembargador Sebastião Coelho e do deputado Alan Garcez.

Durante o evento, os autores e convidados defenderam a liberdade individual, a meritocracia e a reconstrução do imaginário coletivo em torno da identidade negra. Fernando Holiday, historiador e ex-vereador em São Paulo, destacou a importância da obra: “A esquerda nos fez sentir vergonha daquilo que nos torna únicos: a miscigenação. A proposta deste livro é resgatar a verdadeira identidade brasileira, sem divisões artificiais”, declarou.

Para o professor e filósofo Fernando Senzala, a iniciativa representa um enfrentamento intelectual inédito. “Esse tipo de produção é essencial para contestar décadas de domínio ideológico nas universidades. Não se trata apenas de reagir, trata-se de propor uma nova leitura da história com base em fatos, não em militância”, afirmou.

Rafael Satiê, vereador no Rio de Janeiro e autor de um dos capítulos, reforçou o papel do capital na superação de desigualdades:
“A emancipação do negro também se dá pelo empreendedorismo e pela independência financeira. O dinheiro pode não eliminar o racismo, mas dá poder de escolha e dignidade”, disse.

O sociólogo Ricardo Rodrigues apresentou sua pesquisa, realizada em parceria com o deputado Helio Lopes, baseada em anúncios do século XIX, destacando que “o negro não pode mais ser tratado como um bloco monolítico. A diversidade da experiência negra precisa ser levada a sério e refletida nas políticas públicas”, explicou.

A deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP), emocionou a todos ao inciar sua fala em tupi guarani e destacou: “Nós, indígenas, fomos isolados para sermos usados como símbolo. E vocês, negros, foram escravizados. Somos todos vítimas de um flagelo histórico. O que nos resta é a união e a reconstrução”, destacou. O Deputado Federal Alan Garcez (PP-MA), que também participou do evento, declarou que este livro é a prova de que a cor da pele não define a capacidade de ninguém.Somos, antes de tudo, seres humanos com potencial para transformar o Brasil pela educação, pelo mérito e pela união, disse.

Já o desembargador Sebastião Coelho chamou os presentes à responsabilidade: “O que importa não é a cor da pele, mas a disposição de fazer. Só o autoconhecimento e a união poderão transformar nossa realidade”, disse.  A vereadora Sonaira Fernandes (PL-SP) também foi enfática: “Não passamos procuração para que a esquerda fale em nome dos negros. Nós temos voz, história e capacidade de protagonismo”, afirmou.

O professor Rafael Nogueira, ex-presidente da Biblioteca Nacional, reforçou a importância da produção intelectual própria. “Quando a gente não escreve a nossa história, consome a história escrita pelos outros. Este livro é um ato de soberania cultural”, declarou.

Com lançamento simultâneo das versões física e digital, a obra foi elogiada por parlamentares e convidados como um divisor de águas na abordagem conservadora do tema racial. O evento também contou com oração do desembargador Sebastião Coelho e a exibição de vídeo sobre o filósofo Olavo de Carvalho, homenageado por sua contribuição à formação intelectual da direita brasileira.

“Essa é apenas a primeira obra de muitas. O povo negro tem história, valores e voz própria. E não pertence à esquerda”, concluiu Hélio Lopes, sob aplausos.

Acesse o livro aqui

 

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