Com o tema “Inovação e Resiliência”, o 2° Rio WPD – o maior workshop sobre drogas do estado do Rio de Janeiro – abordou o papel das Comunidades Terapêuticas na Reconfiguração das Políticas sobre Drogas. Um dos principais incentivadores dessa pauta na Câmara dos Deputados, o deputado Federal Helio Lopes, esteve presente no workshop e reforçou a importância do tratamento prestado por essas comunidades aos dependentes químicos.
“Só quem já perdeu um parente para as drogas sabe o quanto é gratificante escutar o depoimento desses ex-dependentes químicos. Além de ter pedido três sobrinhos, na data de hoje, eu tenho dois parentes acolhidos na comunidade terapêutica. Por isso, sei bem a importância desses locais na vida de um viciado. Façam a sua parte, coloquem seu tijolinho, deem o seu melhor”, afirmou emocionado com a história da Tati, uma dependente química em recuperação.
Durante o evento, Tati, que é acolhida da Comunidade Terapêutica Por Amor, testemunhou que já teve vontade de desistir inúmeras vezes, mas que a comunidade terapêutica fez a diferença na sua vida. “Tudo que eu preciso eles estão presentes, no choro, na alegria, eles são um ombro amigo. Se hoje eu trabalho, e estou aqui para dar esse depoimento, é graças ao apoio que recebo diariamente deles”, declarou.
Reafirmando a importância da Comunidade Terapêutica, o deputado Federal, Helio Lopes, por meio de emenda parlamentar, pôde contribuir para um projeto inédito junto a Federação de Comunidades Terapêuticas do Estado do Rio de Janeiro (Fecomterj): o monitoramento das CTs do Estado do Rio de Janeiro. “Os investimentos não podem parar, é preciso estruturar as comunidades. O governo Bolsonaro financiava mais de 17 mil vagas em comunidades terapêuticas, o governo atual está mais ou menos em duas mil vagas. Na verdade, eles querem acabar com o trabalho desenvolvido pelas comunidades e não podemos deixar que isso ocorra”, destacou o parlamentar.
O resultado preliminar do estudo também foi apresentado no evento por Pablo Kurlander, membro do Comitê de Comunicações da federação Mundial de Comunidades Terapêuticas – WFTC. “Realizamos uma espécie de censo das comunidades terapêuticas existentes em nosso estado. Nosso objetivo é fazer um raio X das comunidades, verificar quantas existem, se estão com a documentação em dia, quantos são os beneficiários e como o trabalho está sendo realizado. Além disso, oferecemos cursos de capacitação de equipes para melhorar a qualidade e a eficácia do serviço oferecido. Já foram visitadas 51 unidades, que possuem mais de mil e seiscentos acolhidos”, explicou Pablo.
Saiba mais sobre a Fecomterj
A FECOMTERJ, federação das comunidades terapêuticas do rio de janeiro, é uma organização dedicada ao apoio e desenvolvimento das comunidades terapêuticas no estado. Seu compromisso é promover a recuperação e reintegração de indivíduos com dependência química, além de fornecer suporte às instituições que oferecem tratamento. A FECOMTERJ busca aprimorar a qualidade dos serviços terapêuticos, promover a conscientização sobre o tema e colaborar para a construção de uma sociedade mais saudável. Além de apoiar a construção de políticas públicas.
A FECOMTERJ possui cadeira no conselho municipal antidrogas (COMAD), ocupadas por dois conselheiros. A instituição realiza cursos de capacitações na área de preservação, cuidados e legislações pertinentes ao serviço. Sempre com foco na garantia de direitos humanos e a não violação do mesmo.